Na tela, você vê RGB. Mas, a impressora imprime em CMYK. E agora?
Considerando que o olho humano consegue ver muito mais que 16 milhões de cores, criar usando o máximo de tonalidades possíveis parece maravilhoso, não é?
Mas, por mais que toda essa maravilha exista, na hora de criar, estamos à mercê da capacidade tecnológica dos equipamentos de LED e monitores em geral que utilizam a paleta de cores RGB.
E quando chega a hora de imprimir, mudamos de sigla e a paleta de cores para o CMYK.
É neste momento surgem todas essas siglas que começa a confusão para muitas pessoas.
Afinal, o que é isso, porque é assim e como trabalhar desta forma?
Primeiro de tudo. RGB é a sigla para Red (vermelho), Green (verde) e Blue (azul).
Essas três letrinhas denominam um sistema de cores que foi criado ainda em 1953, com a invenção das primeiras TVs.
De lá para cá, todos os monitores criados usam este tipo de modelo para representação das cores.
Este sistema é conhecido como cor luz, porque quando sobrepostas, as três juntas resultam no branco. Sua síntese é aditiva, e quando justapostas duas a duas, resultam nas cores primárias magenta, amarelo e azul ciano.
Já o CMYK é o sistema de cores usado na hora da impressão.
E é a sigla para Cian (Ciano), Magenta (magenta), Yellow (amarelo) e Black (preto). Este sistema é considerado substrativo ou conhecido como cor pigmento. Quando sobrepostas, resultam no preto.
Por isso, cores que existem no RGB podem não existir no CMYK, que é o principal sistema de cores usado na indústria gráfica.
Depois dele, o segundo sistema é o Pantone. Mas, isso é assunto para outro post.
O CMYK sempre vai imprimir cores aproximadas ao que você vê na tela. Dificilmente serão exatas.
Por isso, é sempre importante o cliente aprovar uma prova digital antes de autorizar a impressão final do material.
Para que ele tenha ciência destas diferenças ou se façam os ajustes necessários para chegar a cor mais aproximada possível.
Mas, por quê as telas usam o RGB e a impressoras CMYK?
A explicação é simples.
Na tela dos monitores é a incidência de luz de dentro que faz com que o olho humano perceba os pigmentos.
Já na impressão, é a luz externa que faz com o olho capte as tonalidades.
Mas, pode ficar tranquilo. A maioria dos programas de fechamento de arquivo já faz a conversão automática na hora de preparar o arquivo para o processo gráfico convencional.
No sistema de impressão digital, não é preciso esta preocupação, porque o arquivo deve ser fechado em RGB mesmo.
Isso acontece porque os RIPs de impressão tipo Wasatch e Onix aconselham o fechamento em RGB, porque este sistema possui uma gama de cores maior.
Na hora da impressão, o RIP funciona como tradutor, transformando o RGB para CMYK de forma correta, para você ter o melhor resultado em cores vivas e nas tonalidades certas.
Lembre-se: sempre é bom manter seu pessoal treinado e ciente de todos os detalhes da produção para ganhar agilidade e qualidade no material, e evitar erros que acarretem em prejuízos.
Afinal, o que é óbvio para você, pode não ser para outra pessoa.
Referências:
http://sala7design.com.br/2016/06/falando-sobre-cores-entenda-o-que-e-cmyk-rgb-e-pantone.html
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